Mercados em Alerta: Tarifas dos EUA, Acordos Comerciais e Decisões de Juros em Foco
Descrição do pOs mercados globais iniciam a semana atentos às movimentações geopolíticas e decisões econômicas que podem impactar diretamente o cenário financeiro. Nos Estados Unidos, as políticas tarifárias do presidente Donald Trump seguem no radar dos investidores, enquanto no Brasil, a expectativa gira em torno da reunião do Copom e das estratégias de diversificação comercial. Clique e saiba mais...
MERCADOS
7/28/20252 min read


Os mercados globais iniciam a semana atentos às movimentações geopolíticas e decisões econômicas que podem impactar diretamente o cenário financeiro. Nos Estados Unidos, as políticas tarifárias do presidente Donald Trump seguem no radar dos investidores, enquanto no Brasil, a expectativa gira em torno da reunião do Copom e das estratégias de diversificação comercial.
🌎 Cenário Internacional
Acordo com a União Europeia
No domingo (27), os EUA firmaram um novo acordo comercial com a União Europeia. A medida estabelece uma tarifa de 15% sobre as exportações europeias, reduzindo a alíquota de 30% que estava prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto.
Além disso, o acordo inclui um volume expressivo de investimentos: a União Europeia se comprometeu a aportar US$600 bilhões nos Estados Unidos.
Esse movimento reforça a percepção de que Trump adota estratégias comerciais agressivas com foco na expansão do mercado americano, firmando parcerias estratégicas com grandes blocos econômicos.
Negociações com a China
Outro ponto de atenção é a retomada das negociações entre Estados Unidos e China. O objetivo é prorrogar a trégua tarifária por mais três meses, o que pode trazer alívio momentâneo para os mercados e para o comércio global, bastante afetado pelas tensões entre as duas maiores economias do mundo.
Decisão de Política Monetária do Fed
Na quarta-feira, 30 de julho, o Federal Reserve (Fed) deve anunciar sua decisão sobre a política monetária. A expectativa é que a taxa de juros seja mantida no intervalo entre 4,25% e 4,50% ao ano.
Apesar dessa estabilidade já estar precificada pelo mercado, é importante ficar de olho no comunicado oficial. Há a possibilidade de divergência entre os diretores do Fed, o que pode indicar diferentes visões sobre os próximos passos da política monetária americana.
🇧🇷 Cenário Nacional
Tensões Comerciais com os EUA
As negociações entre Brasil e Estados Unidos para evitar a implementação de uma tarifa de 50% seguem sem avanços significativos. O vice-presidente Geraldo Alckmin está à frente das tratativas, enquanto o presidente Lula adota um tom mais crítico e já cogita medidas de retaliação.
Enquanto isso, o ministro Fernando Haddad busca formas de mitigar os impactos econômicos, elaborando linhas de crédito para empresas brasileiras que podem ser afetadas pelas novas tarifas.
Estratégia de Diversificação Comercial
Em paralelo, o Brasil intensifica negociações com México, União Europeia e outros parceiros internacionais, em busca de novas rotas de exportação que reduzam a dependência do mercado norte-americano.
Decisão do Copom
Ainda na quarta-feira (30), acontece a reunião do Copom, que deve manter a taxa Selic em 15,00% ao ano. A estabilidade da taxa já é esperada pelos analistas e refletida nas projeções do Relatório Focus, que mantém:
15% para o fim de 2025 (quinta semana consecutiva);
12,50% para 2026;
10,50% para 2027;
10% para 2028, estável há 31 semanas.
O Que Observar nos Próximos Dias
Desdobramentos dos acordos comerciais entre EUA e parceiros estratégicos;
Posicionamento do Fed sobre o futuro dos juros nos EUA;
Movimentos do governo brasileiro frente às tarifas americanas;
Impactos da decisão do Copom no mercado local.
O cenário é desafiador, mas também cheio de oportunidades para quem acompanha de perto e sabe interpretar os sinais do mercado.